Brasil terá banco de perfis genéticos
para identificar criminosos
Alex Rodrigues
Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Um banco onde ficarão armazenadas
informações genéticas de pessoas que tenham praticado atos violentos ou sexuais
é a mais nova ferramenta da Polícia Federal (PF) no combate ao crime. Conhecido
pela sigla inglesa Codis, o novo software foi doado pelo FBI e permitirá
à PF montar o Banco Nacional de Perfis Genéticos, primeira experiência nacional
na área.
Segundo o Diretor-Geral da PF, Luiz Fernando
Corrêa, o acordo com o órgão norte-americano estabelece que a iniciativa seja
expandida para os estados brasileiros. Desde o início do mês, técnicos do FBI
se encontram no país preparando os primeiros computadores que serão enviados
para o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná,
São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraíba, Bahia,
Ceará, Amazonas, Amapá e Pará.
Já o treinamento dos peritos brasileiros que vão
trabalhar na futura rede integrada do banco nacional teve início quinta-feira
(20.05), em Brasília. Quando ela estiver funcionando de forma integrada, as
informações federais e estaduais serão reunidas pelo Instituto Nacional de
Criminalística de Brasília, onde funcionará o banco nacional.
“Temos um índice muito baixo de resolução de crimes
de homicídios e muitos deles poderiam ser solucionados se já tivéssemos este
banco”, disse Corrêa, ao participar do Seminário Internacional sobre Repressão
ao Crime Organizado. “Normalmente, o criminoso sexual é alguém que volta a
praticar o mesmo tipo de crime. Então, se tivermos um banco como esse, com vestígios
que nos permitam formar um banco de dados com o perfil genético dos criminosos,
poderemos identificá-los a partir de provas que forem colhidas no local do
crime.”
O pleno funcinamento do sistema, contudo, ainda vai depender da criação
de uma lei que regulamente a coleta de material biológico dos presos
condenados.
Fonte: Agência Brasil
Fonte: Agência Brasil
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