REVOLUCIONÁRIO ASSANGE,
DO WIKILEAKS, REVELOU MOVIMENTAÇÃO DE 150 MILHÕES DE DÓLARES
DE ROSEANA E JORGE
NO EXTERIOR
Transformado neste domingo num personagem
reconhecido internacionalmente, capaz de desafiar até o presidente americano
Barack Obama, Julian Assange está se convertendo no Che Guevara da era moderna.
Com seu site Wikileaks, que já vazou documentos secretos do Pentágono sobre a
Guerra do Afeganistão e a invasão do Iraque, Assange e sua legião de hackers
são os revolucionários do século XXI. Lutam com a mais poderosa de todas as
armas, que é a informação.
Nessa batalha pela transparência, o Wikileaks já teve a
chance de fazer dois alvos no Brasil: a governadora do Maranhão, Roseana
Sarney, e o ex-senador tucano Tasso Jereissati. Ambos tiveram dados de supostas
contas bancárias no exterior expostos no Wikileaks. (Confira aqui o link para as informações de Roseana
Sarney).
Tudo começou a partir do
arrependimento de um banqueiro suíço, chamado Rudolf Elmer. Ex-gerente da
filial do Julius Baer, um dos maiores bancos suíços nas Ilhas Cayman, ele foi
demitido e decidiu tornar públicos dados bancários de clientes
latino-americanos. Entre
eles, figuras ligadas ao narcotráfico e ao ex-presidente do México, Carlos
Salinas.
Elmer
começou a postar no Wikileaks informações de seus clientes no Julius Baer. Um
deles, o advogado José Brafman, ligado a Jorge Murad, marido de Roseana, e
Miguel Ethel, amigo da família Sarney. Publicados
em maio de 2009 pelo Wikileaks, os dados desse link que fala em US$ 150
milhões, foram negados pela família Sarney.
Apesar da
denúncia postada no Wikileaks, nenhuma medida foi tomada por autoridades
brasileiras, que poderiam abrir investigações sobre a suposta lavagem de
dinheiro pelos dois políticos.
WikiLeaks disponibilizou dados
de conta de Roseana e Jorge
O site da
ONG WikiLeaks, que recentemente divulgou na internet mais de 250 mil telegramas
diplomáticos confidenciais dos Estados Unidos, foi o mesmo que disponibilizou
dados para que o banqueiro Rudolf Elmer, ex-vice-diretor da filial do banco
suíco Julius Bär, nas ilhas Cayman, confirmasse em livro editado no último mês
de março, na Alemanha, que a governadora Roseana
Sarney e seu marido, Jorge Murad, abriram uma conta no banco que teria
movimentado, entre os anos de 1993 até 1999, cerca de 150 milhões de dólares.
Os dados
disponibilizados pela Wikileaks dão pistas da conta,
aberta em 27 de setembro de 1993, em nome de Mr. Jorge Francisco Murad e Mrs.
Roseana Macieira Sarney.
Segundo o Rudolf Elmer, Roseana e o marido Jorge seriam os verdadeiros
proprietários de uma empresa off-shore, de nome Coronado.
“Outros indícios no meu
levantamento de dados conduzem a Roseana Sarney, membro do Senado brasileiro e
filha de ex-presidente, que mantém um trust com o nome Coronado no banco Julius
Bär”, afirma o banqueiro no seu livro Bankenterror (Terror bancário).
O
assunto foi tema de uma reportagem especial
publicada pelo Jornal Pequeno na edição do dia 10 de maio de 2010, assinada
pelo jornalista Marcos Nogueira,
já falecido. Na época, em editorial de primeira página, o jornal O Estado do
Maranhão anunciou que a governadora Roseana Sarney processaria o JP pela
matéria. (Reveja aqui).
O site da
ONG Wikileaks estima que pela conta do casal teriam passado 150 milhões de
dólares até 1999. No entanto, não divulgou documentos de movimentação bancária.
Mas o que foi disponibilizado é suficiente para que
as autoridades façam uma investigação, a exemplo do que vem sendo feito com as
contas do irmão, Fernando Sarney, acusado pela Polícia Federal de enviar
remessas ilegais de dinheiro para bancos na China e na Suíça.
No período
em que foi aberta a conta, Roseana e Jorge estavam separados judicialmente
desde a década de 80. Eles só se casaram novamente anos depois para impedir a
candidatura do então oposicionista Ricardo Murad, irmão de Jorge, a senador
pelo PDT do Maranhão, nas eleições de 1998.
Fonte: site
Brasil 247 e blog
do John Cutrim